terça-feira, 24 de agosto de 2010

Silêncio




Sou o silêncio

A discreta presença

Um amanhã certo

Pra que não fala,

e logo pensa


Vivo pleno

Em anexo

E como a pluma mais suave

Num suspiro


Me despeço

domingo, 22 de agosto de 2010

Bota eles lá, que eles botam no teu




Poesia do semestre, na voz da Gangue do Palanque:



Reforma no palácio governamental.Mas não se iludam, não vai ser de pessoal.


Arranca tudo desse monstro, até sobrar carcaça de concreto.Entope de vidro com insufilm, troca o mastro, mas enche a fonte depois de falar com a Sanepar. Pinta de azul e amarelo, que é pro povo associar.Tijolo, concreto,tijolo,concreto, liga pro Oscar e pede a assinatura por fax.Tira zero, bota zero no papel, Outubro a gente conversa.Decora com as bandeirolas, e chama pra dançar.


(Lá em Sampa, se não tem casa vai pra baixo da ponte. Aqui, nesse frio da porra, não tem nem ponte. O Rio de Janeiro continua lindo, e é da nossa cara que eles estão rindo.)


Somos a cidade dos parques e praças, dos imigrantes e dos times de raça. Que se foda a boa administração, la no trono que sente qualquer bundão. Pode ser até cheirador, nem precisa ser da capital, pega logo um playboy do interior.


Mas continua divulgando, quero ver o Brasil todo querendo morar pra cá. Fala da ecologia, da cultura, do per-capita, só não comenta a putaria.

Que venha até a bandidagem, não faz mal, é só mais pra nois botá.

sábado, 14 de agosto de 2010

All in

"Earth follows no religion, but it still needs you to believe"



Na ressurreição de uma ressaca moral, pós sexta feira 13, acordei com um desejo infâme de me confessar.Não seja isso pela supersticiosidade do dia anterior, dos quais os eventos me lembro pouco e não quero relembrar. A nebulosidade da cana abriu a mente para um aspecto que nunca havia reparado no meu eu.E talvez ,como dizia o Vinicius de Moraes, poeta e bom farreante, "porque hoje é Sábado" aqui vai.
Eu acredito em tudo que me falam. Para aqueles que esperavam uma confissão suicida, de um protótipo de poeta, já me desculpo de início pois não há nada que no momento torne minha vida uma novela mexicana. Voltando ao ápice da minha inocência, as palavras em negrito acima dizem tudo. Sou aquilo que no dito popular se adequaria ao verbete "trouxa". Acredito em todas as religiões, afirmações, negações, promessas (políticas ou não), acredito até em sexta feira 13.
Que não se iludam aqueles que questionarem, "mas o cara não é budista?" "ele não torce pro Coxa?".Não estou falando de preferências (algumas óbvias), mas sim das coisas que não ignoro, não bato o pé. Adorar e acreditar, são para mim como amor e paixão num samba do Cartola.
Quem nunca teve um avô ou avó, que lhe disse para nunca acreditar em tudo que dizem porai? A vida ensina, afirmam os "antigos", apelido carinhosamente dado pela amiga Rosane aos nossos antepassados vivos. E eu creio que isso seja verdade.
O que tento expressar, é que nem tudo na vida merece o nosso amor, ou o nosso ódio. As minhas escolhas, a princípio, dizem a respeito de mim. Mas o que dirão os outros a respeito delas? A vantagem de ser um bom ouvinte, e abrir se de coração para tudo a sua volta, é que antes de optar por um caminho você já trilhou todos, não há como errar. Crer é pensar em conjunto, sempre foi. Nós antes de únicos, somos uma unidade. Eu acredito em você.
Você acredita em mim?

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