Puro de idéias, levito em minhas ideologias. Na fuga do hedonismo, de tudo que inebria a existência, eu perco prumo. A escuridão me consome, como ferrugem em um parafuso esquecido, um objeto desprovido de sua função. Esquecimento, destino perpétuo para aqueles que negam concepções, daqueles que desconhecem a negação, a conclusão. Compreenda, compreenda, compreenda. O mantra que caminha livre em meus pensamentos, é como o vento. Invisível, imprevisível e intangível, ele se mostra onipresente, sacudindo tudo que me fixa ao chão, a vida. Na defensiva não me deparo com nenhum ataque. Talvez esteja na hora de mudar para ofensiva, ofender, contrariar o verbo, verbalizar o impulsivo. O moinho se ergue rotativo, enquanto a lança que empunho perde o fio. Com um tapa silêncioso no dorso do corcel inicio o galope, rumo ao sangue, rumo a sólida compreensão.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
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