Todo mundo é legal, mas nem todo mundo tá legal ainda. O autoconhecimento nos liberta das máscaras e nos ensina a aceitar e amar quem nós somos de fato. Amar a si mesmo é atingir o equilíbrio entre se cuidar e se permitir descuidar. O nosso corpo físico é sim o nosso templo, mas este só funciona de maneira saudável quando a nossa mente e as nossas emoções também estão saudáveis. E a saúde emocional não é algo que você pode moldar o tempo todo com facilidade. Ela é, assim como o nosso DNA e as nossas características fisiológicas, complexa e carregada de códigos que são escritos em vidas passadas (nossos pais, avós, etc) e durante a nossa vida toda. A maior parte da formação do nosso emocional acontece durante a infância quando, em crescimento acelerado, desenvolvemos muito das nossas capacidades cognitivas. É na infância que, pela falta de conhecimento adquirido e pela falta de medos adquiridos, nós usamos a imaginação e depois nos permitimos experimentar coisas diferentes, ousar mais, ser verdadeiros. Nas noites e cochilos da infância nós sonhamos mais também, dos sonhos mais divertidos aos pesadelos mais assustadores. É a nossa incrível mente processando tudo de novo que a vida nos apresenta. As descobertas boas, mas também traumas e acontecimentos ruins, que ficaram impressos pra sempre no nosso código emocional. Talvez a primeira grande lição do autoconhecimento é entender finalmente que nem tudo que você é e nem tudo que acontece com você depende de você. Se libertar da culpa que a nossa existência também carrega é se permitir viver as coisas boas da vida em um estado de presença plena. Os nossos medos vão sempre existir e nós precisamos saber olhar para eles e dizer que tá tudo bem, que sim, foi ruim o que aconteceu mas que não foi nossa culpa. Por trás de toda consequência existe uma corrente complexa e infinita de causas e consequências, que se formos tentar perseguir, deixamos de viver no presente. Procure ajuda profissional e comece a se conhecer. Um dia você fica legal.
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