sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Até lá


Já faz um tempo que não leio, já faz um tempo que não ouço e nem vejo nada de novo.Faz tempo feio lá fora, a chuva mata a sede do povo. Aqui dentro, tento colher frutos sem cultura, mas não me inspiro. Meu criar, é o Sertão, plano e com rachaduras.

Amanha vou ver o sol, contar as novas pra Iemanjá. Vou pisar descalço na areia, e pedir aos céus pra não ter que voltar. Cansei da cidade, e dos seus cidadãos. De que vale acender uma vela, se aqueles que a deslumbram, optam pela escuridão?

Mas antes nunca do que hoje, me renderei à estirpe dos sem fosfato. Prefiro brandar a espada, ir de encontro ao moinho, do que me conformar com os fatos. Só digo que ainda acredito, pois se deixasse de acreditar, de nada valeria o que tenho dito.

Repito em alto e bom som, para aqueles que se sentem enganados ou inusitadamente emocionados. As palavras aqui colocadas, não tem intenção qualquer, a não ser a pura e simples reflexão. A batalha sempre foi e será de cada um. Que se busque as conquistas internas, antes de se lutar pelo que é comum.

Lá fora parou de chover. Esta na hora de arrumar a mala, pois partimos ao amanhecer. Espero que hajam boas ondas, que o tempo não dê reviravoltas. Pois domingo, já é amanha, e é também quando estarei de volta. Até lá nós veremos. (não nos-veremos)

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