Ao postar-me na fila do caixa, deparo com dois elementos igualmente uniformizados, com credenciais penduradas no pescoço. Os cabelos descoloridos e despenteados revelam indiferença para com a aparência. As palavras impressas nas costas das camisetas indicam: VII Romaria de Pontal do Paraná. Está claro que me encontro atrás de duas devotas.
As romeiras, ambas, carregam uma garrafa de Sprite na mão, e olham atentamente para os clientes do restaurante de estrada como quem lança maldições, ou reza pela salvação. Ao menos era isso que eu imaginava das vovós fiéis à crença.
Mas então, uma das senhoras fala, direcionando se a outra:
-Você não ia pegar uma cerveja?
-Não, eu to de ressaca - Responde a amiga de culto
-Ah, eu também - Rebate a colega
Touchê! O relato acima não é solvente para o cérebro, nem xeque-mate de cinema. A simplicidade do dialogo, na casualidade do contexto, carece de espaço para efeitos especiais e orçamentos hollywoodianos. Para se julgar aqui, é preciso resgatar algo do tempo que a pouca noção de espaço atiçava o apego as coisas simples da vida. Do tempo que o leitor era criança.
Não se trata do lúdico, como aparenta, mas algo muito além disso. Mas paremos por ai, e voltemos para o simples. Afinal, porque nós rezamos?
Seria para buscar o melhor para o próximo? Ou para salvar a nossa pele no dia do juízo final, enquanto nos deliciamos com o mel dos pecados universais? Olhando para o ocorrido no restaurante, pode se concluir em uma única exclamação: FODA–SE!
Independente de religião, país, time de futebol, vamos deixar todo o lado chato prestando contas com a consciência. Vamos silenciar a verdadeira burrice, e louvar o burro pelos momentos de alegria. Sejamos os ativistas da ironia. Que comam merda os ofendidos, pois amanha serão eles a gargalhar sobre outros. Da carta de prazeres, pediremos todos, e que se faça fiado com o suposto Deus. Vamos antes de tudo, fazer tudo de novo.
E em cada momento, que nos deixemos levar,
As romeiras, ambas, carregam uma garrafa de Sprite na mão, e olham atentamente para os clientes do restaurante de estrada como quem lança maldições, ou reza pela salvação. Ao menos era isso que eu imaginava das vovós fiéis à crença.
Mas então, uma das senhoras fala, direcionando se a outra:
-Você não ia pegar uma cerveja?
-Não, eu to de ressaca - Responde a amiga de culto
-Ah, eu também - Rebate a colega
Touchê! O relato acima não é solvente para o cérebro, nem xeque-mate de cinema. A simplicidade do dialogo, na casualidade do contexto, carece de espaço para efeitos especiais e orçamentos hollywoodianos. Para se julgar aqui, é preciso resgatar algo do tempo que a pouca noção de espaço atiçava o apego as coisas simples da vida. Do tempo que o leitor era criança.
Não se trata do lúdico, como aparenta, mas algo muito além disso. Mas paremos por ai, e voltemos para o simples. Afinal, porque nós rezamos?
Seria para buscar o melhor para o próximo? Ou para salvar a nossa pele no dia do juízo final, enquanto nos deliciamos com o mel dos pecados universais? Olhando para o ocorrido no restaurante, pode se concluir em uma única exclamação: FODA–SE!
Independente de religião, país, time de futebol, vamos deixar todo o lado chato prestando contas com a consciência. Vamos silenciar a verdadeira burrice, e louvar o burro pelos momentos de alegria. Sejamos os ativistas da ironia. Que comam merda os ofendidos, pois amanha serão eles a gargalhar sobre outros. Da carta de prazeres, pediremos todos, e que se faça fiado com o suposto Deus. Vamos antes de tudo, fazer tudo de novo.
E em cada momento, que nos deixemos levar,
Vamos rir mais.
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