terça-feira, 18 de maio de 2010

O que me veste


Um mês de de adornos. Perto do fim, já sinto o bafo do desespero. Eu chutaria o balde , mas me falta força. A água de encontro ao pescoço reflecte a face da descrença. Já conheço, já vivi, mas me falta muito o que aprender. Sem exemplos, me agarro ao destino. Sem motivos, ainda sou menino.
Cansei de viver de momentos. Não quero ter mais, mas sim precisar de menos. Alma sem limites, corpo cansado. Se faço parte de tudo isso, que me dêem uma luz. Minha vida virou apagão,o sono minha paixão. Fugir pra onde? Se as lembranças me trazem de volta.
Sou um cavaleiro errante, um Quixote sem livro. Se algo me reserva o destino, peço que me traga um Cervantes. Eu me rendo ao castigo da vida, só vou ser for em paz. Vou viver o agora. O amanha, sinceramente, tanto faz.

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